06 novembro 2009

SURPREENDENTE



Veio do Estado americano de Wisconsin o que pode configurar um recorde de sinceridade automobilística: Mary Strey, de 49 anos, ligou para a polícia a fim de denunciar um motorista bêbado na estrada. Para surpresa do policial, ao perguntar se ela estava seguindo os suspeitos, Mary respondeu: “Eu sou eles”.

A conversa telefônica entre o policial e Mary está disponível na internet. Para quem tiver dificuldades de entender o inglês acidentado pelo álcool, abaixo segue a transcrição do diálogo surreal na íntegra, em português.

- 911?
- Tem alguém dirigindo muito bêbado na Granton Road...
- Em que direção eles estão indo?
- Eles estão indo praaa...
- Em direção a Granton ou a Neillsville?
- Em direção a Granton.
- Ok, e você está dirigindo atrás deles ou...?
- Não, eu sou eles.
- Você é eles?
- Sim, eu sou eles.
- Ok, então você está ligando para dizer que está dirigindo bêbada?
- Sim.
- Ok, e qual é seu nome?
- Mary.
- Ok, espera um segundo, Mary, ok?
- Ok.
- Você ainda está dirigindo, agora?
- Estou.
- Você quer parar, antes de causar um acidente?
- Sim, eu vou parar.
- Ok, você quer parar agora?
- Sim, estou parando.
- Ok, continua no telefone, ok? Qual é seu último nome, Mary?
- Strey.
- Já está parada agora?
- Sim, estou.
- Que modelo de carro você tem, Mary?
- Eu tenho um Saturn. Posso tirar o cinto?
- Se você estiver parada...
- Sim, estou parada.
- Se você está parada, tudo bem, sim.
- Estou parada.
- Ok.
- Posso tirar o cinto?
- Sim, desde que você não esteja dirigindo, desde que não esteja se movendo.
- Posso desligar meu carro e ligar o pisca-alerta?
- Sim, tudo bem se você desligá-lo e ligar o pisca-alerta, assim podemos te achar. Ok, espera um segundo de novo, Mary.

A motorista voltava de uma festa de Halloween, o Dia das Bruxas, e confessou que teria tomado sete ou oito drinques e Coca-Cola. Mary, que tinha no sangue o dobro do limite de álcool permitido, vai a julgamento em 10 de dezembro deste ano.

Em trechos não divulgados da conversa, Mary teria dito que não queria machucar ninguém. Embora dirigir bêbado não possa ser considerado um exemplo, a honestidade da americana, sim. “É melhor do que provocar um acidente, matar a você mesmo ou mais alguém”, declarou um policial.

isso é que é honestidade!

vi aqui

CRÍTICA DE ARIANO SUASSUNA SOBRE O FORRÓ ATUAL

Olá galera, eu tava olhando uns e-mails antigos (nem tanto) quando encontrei uma crítica de Ariano Suassuna sobre o forró enviada por minha amiga Florele que se formou comigo e hoje está no Rio de Janeiro fazendo um curso (que não sei dizer qual), então resolvi postá-lo aqui, pois concordo em gênero, número e grau.

'Tem rapariga aí? Se tem, levante a mão!'. A maioria, as moças, levanta a mão. Diante de uma platéia de milhares de pessoas, quase todas muito jovens, pelo menos um terço de adolescentes, o vocalista da banda que se diz de forró utiliza uma de suas palavras prediletas (dele só não, de todas bandas do gênero). As outras são 'gaia', 'cabaré', e bebida em geral, com ênfase na cachaça. Esta cena aconteceu no ano passado, numa das cidades de destaque do agreste (mas se repete em qualquer uma onde estas bandas se apresentam). Nos anos 70, e provavelmente ainda nos anos 80, o vocalista teria dificuldades em deixar a cidade.


Pra uma matéria que escrevi no São João passado baixei algumas músicas bem representativas destas bandas. Não vou nem citar letras, porque este jornal é visto por leitores virtuais de família. Mas me arrisco a dizer alguns títulos, vamos lá:
Calcinha no chão (Caviar com Rapadura),
Zé Priquito (Duquinha),
Fiel à putaria (Felipão Forró Moral),
Chefe do puteiro (Aviões do forró),
Mulher roleira (Saia Rodada),
Mulher roleira a resposta (Forró Real),
Chico Rola (Bonde do Forró),
Banho de língua (Solteirões do Forró),
Vou dá-lhe de cano de ferro (Forró Chacal),
Dinheiro na mão, calcinha no chão (Saia Rodada),
Sou viciado em putaria (Ferro na Boneca),
Abre as pernas e dê uma sentadinha (Gaviões do forró),
Tapa na cara, puxão no cabelo (Swing do forró).


Esta é uma pequeníssima lista do repertório das bandas.

Porém o culpado desta 'desculhambação' não é culpa exatamente das bandas, ou dos empresários que as financiam, já que na grande parte delas, cantores, músicos e bailarinos são meros empregados do cara que investe no grupo. O buraco é mais embaixo. E aí faço um paralelo com o turbo folk, um subgênero musical que surgiu na antiga Iugoslávia, quando o país estava esfacelando-se. Dilacerado por guerras étnicas, em pleno governo do tresloucado Slobodan Milosevic surgiu o turbo folk, mistura de pop, com música regional sérvia e oriental. As estrelas da turbo folk vestiam-se como se vestem as vocalistas das bandas de 'forró', parafraseando Luiz Gonzaga, as blusas terminavam muito cedo, as saias e shortes começavam muito tarde. Numa entrevista ao jornal inglês The Guardian, o diretor do Centro de Estudos alternativos de Belgrado, Milan Nikolic, afirmou, em 2003, que o regime Milosevic incentivou uma música que destruiu o bom-gosto e relevou o primitivismo estético. Pior, o glamour, a facilidade estética, pegou em cheio uma juventude que perdeu a crença nos políticos, nos valores morais de uma sociedade dominada pela máfia, que, por sua vez, dominava o governo.

Aqui o que se autodenomina 'forró estilizado' continua de vento em popa. Tomou o lugar do forró autêntico nos principais arraiais juninos do Nordeste. Sem falso moralismo, nem elitismo, um fenômeno lamentável, e merecedor de maior atenção. Quando um vocalista de uma banda de música popular, em plena praça pública, de uma grande cidade, com presença de autoridades competentes (e suas respectivas patroas) pergunta se tem 'rapariga na platéia', alguma coisa está fora de ordem. Quando canta uma canção (canção?!!!) que tem como tema uma transa de uma moça com dois rapazes (ao mesmo tempo), e o refrão é: 'É vou dá-lhe de cano de ferro/e toma cano de ferro!', alguma coisa está muito doente. Sem esquecer que uma juventude cuja cabeça é feita por tal tipo de música é a que vai tomar as rédeas do poder daqui a alguns poucos anos.
Ariano Suassuna

Observação:
O secretário de cultura Ariano Suassuna foi bastante criticado, numa aula-espetáculo, no ano passado, por ter malhado uma música da Banda Calypso, que ele achava (deve continuar achando, claro) de mau gosto. Vai daí que mostraram a ele algumas letras das bandas de 'forró', e Ariano exclamou: 'Eita que é pior do que eu pensava'. Do que ele, e muito mais gente jamais imaginou.

Realmente, alguma coisa está muito errada com esse nosso país, quando se levanta a mão pra se vangloriar que é rapariga, cachaceiro, que gosta de puteiro, ou quando uma mulher canta 'sou sua cachorrinha'. Aonde vamos parar? Como podemos querer pessoas sérias, competentes? E não pensem que uma coisa não tem a ver com a outra não, pq tem e muito! E como as mulheres querem respeito como havia antigamente? Se hoje elas pedem 'ferro', 'quero logo 3', 'lapada na rachada'? Os homens vão e atendem. Concordo com Ariano Suassuna e creio que essa mensagem deva ser passada adiante, pois as pessoas não podem continuar gritando e vibrando por serem putas e raparigueiros não. Reflitam bem sobre isso, eu sei que gosto é gosto... Mas, pensem direitinho se querem continuar gostando desse tipo de 'forró' ou qualquer outro tipo de ruído, ou se querem ser alguém de respeito na vida!

05 novembro 2009

DIA NACIONAL DO CINEMA

Todos que me conhecem sabem que eu sou cinéfilo (uma pessoa/ser que ama, gosta de mais, viciada, goza com, endoida, por um filme...E são o tipo de pessoa que se o assunto for um filme a conversa dura horas...), pois é eu sou assim, então depois de meses sem dar as caras por aqui deixando o 100% abandonado, resolvi voltar a postar hoje e nada melhor que falar sobre aquilo que gostamos né. Então pra quem não tem a menor idéia de como a 7ª Arte chegou aqui na terra Brasilis, segue abaixo um pequeno texto sobre a chegada do cinema no Brasil.

No dia 8 de julho de 1896, sete meses depois de os irmãos Lumière inaugurarem a sétima arte em Paris, o Rio de Janeiro exibiu a primeira sessão de cinema no Brasil. No ano seguinte, em 1897, Paschoal Segreto e José Roberto Cunha Salles abriram a primeira sala de cinema, também no Rio de Janeiro, na rua do Ouvidor.

A sala chamava “Salão Novidades de Paris” e exibiu o primeiro filme brasileiro em 1898.

O filme, rodado por Afonso Segreto, mostrava um documentário com imagens da Baía de Guanabara. Aliás, os documentários foram as primeiras produções brasileiras. Depois de 1912, começava uma incipiente produção nacional com “Os Três Irmãos” e “Na Primavera da Vida”, do cineasta Humberto Mauro. Mas foi somente em 1929 que foi lançado o primeiro filme brasileiro totalmente sonorizado. O filme se chamava “Limite” e foi filmado por Mário Peixoto.
Em 1930, o primeiro estúdio de cinema do Brasil foi instalado no Rio de Janeiro, por Adhemar Gonzaga. Chamado de Cinédia, o estúdio produzia comédias musicais e dramas populares.

Em 1941, surgiu a Atlântida, famosa produtora das chanchadas que marcaram época, revelando cineastas como Carlos Manga. No fim da década de 40, foi a vez do estúdio Vera Cruz, que começou a produzir filmes no estilo de Hollywood. Em 1952, o filme “O Cangaceiro”, rodado por Lima Barreto, conseguiu entrar no circuito internacional e foi premiado no Festival de Cannes em 1953.

Autor: Juscelino Tanaka

vi aqui: Brasil escola